Por que os cachorros latem? Seu cão late muito?

Latir é um ato completamente natural para os cachorros. Separamos os principais motivos, algumas dicas e as raças que tendem a latir muito. Confira

O latido é o principal som ou emissão vocal dos cachorros, cumprindo uma função muito importante na comunicação canina. Embora latir seja um ato completamente natural para os nossos melhores amigos, é importante que saibamos por que os cachorros latem para identificar e prevenir problemas de comportamento e de saúde.

Pensando nisso, explicaremos a seguir os principais motivos que podem levar os cães a latir. Apresentamos também algumas raças que tendem a latir muito e dicas para fazer o seu cão latir menos.

Por que os cães latem e quando preciso me preocupar?

Apesar de usarem mais a linguagem corporal, os cães também são capazes de emitir uma grande variedade de sons para se expressar. Os latidos representam o som mais característico dos cães e fazem parte da linguagem canina.

Os latidos permitem que eles expressem as suas emoções e as percepções ou reações provocadas pelos diferentes acontecimentos no dia a dia do cachorro.

Por outro lado, quando os latidos se tornam excessivos ou estão acompanhados de sintomas negativos, eles se transformam em um problema de comportamento. Um cachorro que late muito quando fica sozinho em casa ou que mostra sinais de agressividade, por exemplo, não pode ser ignorado pelo seu tutor e precisa receber ajuda de um profissional especializado.

Fique atento, pois, alguns tipos de latido podem indicar problemas mais sérios de saúde. Somente conhecendo as principais causas dos latidos caninos você conseguirá identificar quando é preciso se preocupar. A seguir, resumiremos as principais causas dos latidos dos nossos melhores amigos.

Comunicação e expressão

Aqui poderíamos resumir todas as causas “normais” ou naturais para os cachorros latirem. Por exemplo, para se comunicar com outros cães (e outros animais) ou para chamar a atenção das pessoas. Um cachorro que tem fome ou deseja brincar pode usar os latidos para captar a atenção dos seus tutores.

Além disso, o latido do cachorro pode ser um sinal de alerta! De fato, é bem comum que os cães latam para avisar aos seus familiares sobre situações que consideram perigosas. Por exemplo, quando uma pessoa desconhecida se aproxima ou tenta entrar na casa, ou ao escutar um barulho forte ou algum estímulo estranho ao seu redor.

Nesses casos, desde que os latidos não se tornem excessivos, não é preciso falar de prevenção. Inclusive, é importante ressaltar a necessidade de aprender a respeitar a natureza própria dos nossos melhores amigos.

Raças de cachorros que tendem a latir muito

A herança genética também influencia no comportamento dos cães, embora não seja determinante. De qualquer forma, é verdade que existem algumas raças de cachorro que tendem a latir mais que as outras. Por exemplo, os cães que foram treinados historicamente como caçadores ou pastores têm a tendência a recorrer frequentemente ao latido para se comunicar com outros animais e com seus próprios tutores.

Você encontra a seguir uma lista resumida de raças que tendem a latir muito. Se você quer saber mais sobre esse assunto, nós recomendamos a leitura de um artigo específico sobre as raças que mais latem.

Chihuahua

Chihuahua branco

Chihuahuas têm um temperamento forte e costumam latir por ciúmes ou desobediência. Nesse caso, a melhor alternativa para o tutor é pedir a ajuda de um adestrador. Quando adestrados ainda filhotes, os cães tendem a aprender mais rápido, contudo, eles são capazes de aprender em qualquer idade e, com um pouco de paciência, qualquer comportamento pode ser corrigido.

Lulu da Pomerânia

Lulu da Pomerânia marrom tosado

Apesar de pequenos, os Lulus da Pomerânia são corajosos e gostam de latir quando percebem uma ameaça. O adestramento é essencial para que o cão aprenda a reconhecer uma situação de ameaça. Nesse caso, é importante que o treinamento foque na socialização também, para que o lulu da pomerânia não identifique visitas ou membros da família como ameaça, por exemplo.

Beagle

Beagle preto e marrom em pé

Beagles tendem a latir quando ficam sozinhos. Muitas raças se tornam barulhentas ou destrutivas na ausência dos tutores, então, antes de adotar um pet, o tutor precisa estar ciente de que sua rotina precisa incluir momentos ao lado de seu novo amigo de quatro patas. Contudo, o tutor também pode optar por creches ou hotéis caninos, o que irá garantir o bem-estar e um dia divertido para o cãozinho.

Yorkshire Terrier

Yorkshire Terrier branco

Yorkshire Terrier é outra raça que impressiona pela coragem, expressada muitas vezes pelo seu latido. Os terriers são naturalmente barulhentos, então o tutor precisa aprender a lidar com o jeitinho desse peludo. Porém, quando os latidos são excessivos, é possível recorrer a um adestrador e corrigir esse comportamento.

Husky Siberiano

Husky com olho azul e verde

Incluímos o Husky Siberiano nessa lista não tanto pelo seu latido, mas sim por sua tendência a uivar e grunhir. Muitas vezes, os motivos dos uivos são os mesmos dos latidos: o tédio. E o husky é um cão com muita energia pra gastar, então quando se sente solitário ou entediado, é natural que apresente esse comportamento. A solução mais simples é aumentar o ritmo de passeios e brincadeiras, para que o peludo gaste bastante energia e evite uivos em excesso.

Poodle

Poodle pequeno em pé com a língua para fora

Poodles podem ser bem ciumentos e latir para pessoas estranhas. O poodle é um cão muito inteligente e, consequentemente, fácil de treinar. Ele é muito apegado ao tutor e é natural que se sinta enciumado ou ameaçado por visitas, mas é importante deixar claro que não há motivo pra isso, o adestramento será simples para esse peludo.

Pinscher

Pinscher preto deitado na grama

O Pinscher é uma raça muito atenta, que adora afastar o perigo com seu latido. E o que essa raça não tem de tamanho, tem de bravura. O pinscher utiliza o latido como forma de impor sua autoridade e sua presença, por isso acaba se tornando muito barulhento. O primeiro passo é reforçar a socialização, cães que passeiam frequentemente e convivem com outras pessoas e pets, tendem a baixar um pouco mais a guarda.

Setter Irlandês

Setter irlandês cabeça ao ar livre

Os tutores provavelmente não dirão que o seu Setter Irlandês é barulhento, mas a verdade é que essa raça tende a usar seu potente latido como sinal de alerta. Cães de caça são mais barulhentos, pois faz parte da natureza deles. O adestramento pode ajudar a diminuir esse instinto e fazê-lo entender que esse grandão agora é um cão de companhia.

Cairn Terrier

Cairn Terrier ao ar livre

O Cairn Terrier conserva instintos de um cão de caça e pastoreio e por isso tende a latir bastante. Junto com o adestramento, o tutor deve optar por creches caninas, pois o comportamento barulhento muitas vezes vem por se sentir sozinho.

Lhasa Apso

Lhasa Apso correndo na grama

O Lhasa Apso tende a usar seu latido bem agudo para avisar sobre possíveis perigos. Esse pequeno vê ameaças por toda parte, então o tutor precisa de muita paciência para corrigir esse comportamento na hora do adestramento. Não é impossível reduzir os latidos, mas é preciso entender que esse é um traço forte da personalidade do lhasa apso.

Doberman

Doberman brincando

Dobermans são muito utilizados como cães de guarda e, para isso, eles se aproveitam bastante do seu forte latido. Esse grandão é muito protetor com a família e não hesita em latir para protegê-la, mas quando os latidos acontecessem em excesso, pode ser falta de atividade física. O doberman tem muita energia e, quando não se exercita o suficiente, fica estressado e irritado.

Solidão

Geralmente, um cachorro que late muito quando fica sozinho em casa não teve a possibilidade de aprender a gerenciar sua própria solidão. Naturalmente, os cães são animais gregários e sociáveis, que estão acostumados a viver e se sentir mais seguros em grupos. Por isso, é normal que nossos melhores amigos não gostem da ideia de ficar sozinhos.

Quando você sai de casa, o seu cachorro fica triste e isso é normal, já que ele aprecia a sua companhia. Porém, é fundamental que o cachorro aprenda a lidar com suas próprias emoções para evitar que os sentimentos negativos, como o medo, a ansiedade ou o estresse prejudiquem o seu próprio bem-estar.

A socialização é o primeiro e mais fundamental passo para prevenir a ansiedade por separação e evitar que um cachorro lata quando fique sozinho. O ideal é que todo cão possa começar a ser socializado entre as três primeiras semanas e o terceiro mês de vida. Porém, com a ajuda do reforço positivo e muita paciência, também é possível socializar corretamente os cachorros adultos.

Estresse e ansiedade

Se o cão fica sozinho ou não conta com um ambiente rico em brinquedos e outros estímulos para o seu corpo e sua mente, é muito provável que ele desenvolva sintomas de estresse. Ao passar tanto tempo sedentário e entediado, o cachorro vai acumulando tensão e precisa encontrar alguma forma de liberá-la para aliviar o estresse.

Umas dessas formas, claro, é o latido. Junto com o latido, o seu pet pode desenvolver problemas de agressividade, que podem se tornar bem sérios.

Para prevenir estes comportamentos negativos, é fundamental proporcionar um ambiente rico em estímulos positivos para o seu melhor amigo. Hoje em dia, existe uma enorme variedade de brinquedos e jogos interativos que você pode realizar com seu cachorro. Um bom exemplo é o kong, um brinquedo muito útil para estimular física e mentalmente o seu pet.

Problemas de saúde

Existem vários problemas de saúde que podem levar um cão a latir muito, bem como a apresentar comportamentos estranhos. Os problemas endócrinos costumam causar desequilíbrios metabólicos que impactam negativamente na conduta do cão. Um cachorro com hipertiroidismo, por exemplo, pode desenvolver sinais de ansiedade, como os latidos excessivos.

As doenças que afetam os sentidos e causam dor aguda nos cães também podem provocar alterações de conduta e sinais de estresse. Em casos mais graves, é possível que o cachorro mostre um comportamento agressivo.

O seu pet mostrará sinais de agressividade por se sentir tão vulnerável que ele precisa afastar qualquer indivíduo ou situação que possa machucá-lo ou provocar sofrimento.

Por isso, se você perceber que o comportamento do seu cão mudou, é recomendável levá-lo ao veterinário. Na clínica, o profissional fará os exames necessários para identificar a causa dessas alterações de comportamento e recomendar um tratamento adequado para ajudar o seu melhor amigo.

Idade avançada

Por outro lado, o envelhecimento provoca a perda progressiva da capacidade sensorial nos cães, além de uma maior fragilidade no sistema imunológico. Portanto, os cães idosos podem se assustar mais facilmente e reagir de forma exagerada frente a estímulos comuns, como o barulho da campainha ou do telefone. Nesse caso, é possível que comecem a latir mais do que costumavam fazer quando eram jovens.

É sempre bom lembrar a importância de proporcionar os cuidados adequados aos cães idosos. Além de uma dieta rica em proteínas de alta qualidade para evitar a perda de massa muscular, esses cachorros também necessitam de um ambiente tranquilo, no qual se sintam seguros.

Por isso, se o seu cãozinho estiver se aproximando dos 8 anos de idade, procure um veterinário para saber os cuidados adequados a essa nova fase da vida, sobretudo os relativos a nutrição.

O latido é a voz do seu amigo

Como você pode ver nesse artigo, o latido é geralmente um comportamento muito natural nos cães. Ele é a voz dos cães, um dos principais recursos que ele têm para se comunicar e expressar emoções e percepções. No entanto, é necessário que o tutor esteja atento ao tipo de latido que o seu pet está produzindo, ou se ele está latindo excessivamente.

Dependendo do caso, o latido pode ser indício de um problema de comportamento ou de saúde. O latido excessivo, por exemplo, é uma situação muito comum entre criadores de pet e que pode gerar bastante incômodo. Se for esse o seu caso, recomendamos a leitura do nosso artigo sobre cães que latem muito, onde explicamos melhor o que pode estar por trás desse comportamento e o que pode ser feito para diminuí-lo.

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