Síndrome de wobbler: entenda sobre a doença

Saiba o que é a síndrome de Wobbler, as causas, sintomas, o tratamento e as raças mais propensas a desenvolverem a doença

Dogue Alemão preto deitado

Se você já viu que o seu cachorro fica incomodado ou aparenta sentir muita dor quando move o pescoço ou a cabeça, pode ser que ele tenha desenvolvido a Síndrome de Wobbler. O quadro é mais comum em cães de grande porte, como o dobermann, são bernardo e também o labrador retriever, mas também atinge alguns cachorros de pequeno porte, como o basset hound. Mas você sabe do que se trata essa doença e como ela atinge a saúde dos peludos? Para entender melhor, leia o artigo até o final, pois vamos explicar tudo relacionado ao quadro. Vamos lá!

O que é a síndrome de Wobbler?

A síndrome de Wobbler, também conhecida como “espondilomielopatia cervical”, é uma doença do pescoço (coluna cervical) que atinge principalmente cães de porte grande e gigante, mas nada impede que os pequenos também sejam atingidos. Trata-se da compressão da medula espinhal e das raízes nervosas espinhais, resultando em déficits do sistema nervoso e dor no pescoço.

Aproximadamente 50% dos casos de síndrome de wobbler atingem dobermans, pinschers, mas algumas outras raças podem ser comumente afetadas como weimaraner, dogue alemão, rottweiler e dálmata. Apesar de certas predileções raciais, qualquer cão pode ser afetado, sem exceções.

Além disso, a maioria dos cães de raça gigante com síndrome de wobbler são diagnosticados antes dos três anos de idade, embora os sintomas possam surgir mais tarde na vida. Doberman e pinschers com síndrome de wobbler geralmente apresentam sintomas clínicos quando são um pouco mais velhos – a idade média de início da doença é de 6 anos. Outro fator curioso, é que a síndrome tende a atingir mais machos do que fêmeas.

Quais são os sintomas da síndrome de Wobbler?

Alguns cães com síndrome de wobbler desenvolvem sinais muito agudos, incluindo dor no pescoço (que pode ser bastante intensa) e fraqueza aguda, sintomas mais comuns do quadro. Se o seu cachorro fica agressivo, chora ou foge quando você toca o pescoço dele para colocar uma coleira, por exemplo, é hora de ligar o alerta. E a fraqueza causada pelo quadro pode ser tão grave que pode atrapalhar completamente o andar do animal.

Muitos cães com síndrome de wobbler desenvolvem um caminhar descoordenado nos membros posteriores. A falta de coordenação pode progredir também para os membros inferiores. Consequentemente, esses cães podem perder massa muscular nas patas traseiras, bem como nas omoplatas. As unhas dos pés podem ficar gastas porque tendem a arrastar os pés.

Quais são as causas da síndrome de Wobbler?

A causa da síndrome de Wobbler mais aceita pelos veterinários é o crescimento muito rápido do animal, mas isso nunca foi provado cientificamente. Logo, o quadro pode atingir qualquer animal sem nenhum motivador aparente. Por isso, é importante que você sempre leve o pet ao veterinário, principalmente durante o seu desenvolvimento.

Por muito tempo, o excesso de proteína, cálcio e ingestão calórica eram considerados a causa da síndrome de wobbler em cães. No entanto, a nutrição não parece ser o responsável pelo desenvolvimento da síndrome nos peludos. Na realidade, a estrutura corporal foi considerada um fator contribuinte, mas estudos não encontraram correlação entre as dimensões corporais e a ocorrência da síndrome de wobbler.

Como a síndrome de Wobbler é tratada?

Se um cão com síndrome de wobbler deve ser tratado com medicamentos ou por meio de uma cirurgia, tudo vai depender da gravidade do quadro. O tratamento conservador e não cirúrgico consiste em controlar a dor e restringir a atividade do animal por vários meses e tende a ser uma opção mais lenta porém segura. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são geralmente prescritos para diminuir a inflamação dos tecidos afetados e reduzir a pressão na medula espinhal e nas raízes nervosas espinhais.

A fisioterapia também pode contribuir para manter a massa muscular e acelerar a recuperação do animal, logo, também é considerada uma das formas de tratamento para a síndrome de webbler. Geralmente é aliada com o tratamento cirúrgico, logo, essa opção é mais rápida. No entanto, esse tratamento possui alguns riscos que podem afetar a coluna do pet.

O tratamento cirúrgico da síndrome de wobbler envolve a fusão dos segmentos da coluna cervical que são instáveis. O pet permanecerá no hospital veterinário durante sua recuperação inicial. A restrição de atividades após a cirurgia deve ser completa e consistente por pelo menos 2 a 3 meses após o procedimento para facilitar a fusão dos segmentos cervicais envolvidos.

A chance do cachorro ser curado completamente existe, mas não é fácil. Por isso, para cães com síndrome de wobbler tratados cirurgicamente, há uma chance de 1 a 5% de complicações significativas relacionadas à cirurgia e aproximadamente 20% de recorrência do quadro.

Já os cães tratados com medicamentos, precisarão de tratamento pelo resto de suas vidas e mudarão à medida que os sintomas forem progredindo. Aproximadamente 25% dos cães tratados sem cirurgia permanecerão estáveis. Converse com o veterinário para entender qual será a melhor opção para o seu cachorro.

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