Não são apenas os animais selvagens que correm risco de extinção ou já entraram em extinção. Os cães também podem passar pelo mesmo processo, inclusive, já existem algumas raças de cachorro que já entraram em extinção. Esses cães que já não existem mais, foram os responsáveis por darem origem a muitos cãezinhos para lá de especiais que conhecemos hoje.
Entretanto, não é muito comum pensar que os cachorros realmente podem entrar em extinção, por ser um animal conhecido em todo o mundo. Porém, esse fato pode acontecer por três motivos: surgimento de novas raças, dificuldade de manter algumas delas e até mesmo problemas genéticos.
Além disso, atualmente existem algumas outras raças que correm o risco de extinção e ao que tudo indica, no decorrer do tempo vão parar de ser reproduzidas. E se você ficou curioso para saber quais são essas raças, acompanhe o nosso artigo até o final. Você irá se surpreende! Confira.
8 raças de cães que foram extintas
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English White Terrier
O English White Terrier é considerado o “pai” do Bull Terrier por pertencer ao mesmo grupo. Esse cachorro foi desenvolvido por criadores na Grã-Bretanha para participar de competições entre cachorros ou até mesmo de rinhas. No entanto, diferente do Bull Terrier, a raça não se popularizou devido a diversos problemas genéticos de saúde, logo, aos poucos parou de ser reproduzida até sumir completamente.
Apesar desses problemas, o English White Terrier, foi cruzado com o Antigo Buldogue Inglês, dando origem a uma conhecida raça, o Bull Terrier. English White Terrier também deu origem às raças Boston Terrier e ao Pit Bull.
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English Water Spaniel
O English Water Spaniel foi um cãozinho originado em terras inglesas. Essa raça era utilizada para a caça de aves aquáticas devido a sua capacidade de nadar e conseguir mergulhar muito bem. Ele foi uma das raças extintas que mais viveu em comparação aos outros cães pois não apresentava nenhum problema genético. No entanto, ele acabou sendo extinto em 1930.
Mas ele acabou deixando alguns “familiares” por aqui. Acredita-se que influenciou geneticamente diversas raças modernas como American Water Spaniel (Cão d’água americano), Curly Coated Retriever e Field Spaniel.
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Antigo Buldogue Inglês
Antes do surgimento do Buldogue Inglês que conhecemos hoje, existia um outro tipo de Buldogue Inglês que tinha diversas diferenças físicas da raça atual. Ele tinha um corpo mais alto, alongado e também era mais magro do que o Buldogue Inglês de hoje em dia. Além disso, ele também não tinha nenhuma dobrinha pelo corpo.
A raça era extremamente popular na Europa, esse cachorro era utilizado para uma espécie de rinha entre cães que se chamava bull-baiting, uma luta entre cães e touros que era bastante violenta e difícil de ver. Infelizmente, essa raça era utilizada apenas para essa finalidade. Quando esse tipo de rinha foi proibida na Europa, a raça acabou desaparecendo completamente. Mas ele deixou “familiares”, como o Buldogue Inglês atual, o Buldogue Francês e também o Boxer.
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Rastreador Russo
O Rastreador Russo era um cãozinho utilizado para proteger rebanhos de ovelhas por ser muito rápido e esperto. Além disso, antigamente ele ganhou destaque justamente por ser um cachorro muito inteligente. Mas com o tempo, a raça foi desaparecendo, pois outros cruzamentos foram sendo feitos para criar uma melhor versão dele. E os criadores realmente conseguiram, pois o Rastreador Russo deu origem ao Golden Retriever que conhecemos hoje.
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Paisley Terrier
Originado na Grã-Bretanha, o Paisley Terrier foi criado exclusivamente para ser um cão de companhia das famílias da época. Ele acabou sendo extinto pois apresentava alguns problemas de saúde, o que dificultava bastante a sua criação. No entanto, ele acabou dando origem a um cãozinho extremamente popular que amamos hoje em dia, o Yorkshire Terrier.
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Bulldog Toy
A família dos buldogues era bem grande antigamente e existiam algumas variações da raça. Esse cãozinho sofreu bastante, pois ele foi uma das primeiras tentativas do criadores em desenvolver um buldogue versão mini. Não deu certo e esse cãozinho nasceu com diversos problemas genéticos e raramente conseguia viver por muito tempo.
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Cão Lutador da Córdoba
Era uma raça de cachorro de combate originária da Argentina. Foi criado a partir do cruzamento do Mastim Espanhol, Bull Terrier e o Antigo Buldogue Inglês. Infelizmente, ele era conhecido por sua incrível tolerância à dor e agressividade, logo, era utilizado para rinhas e lutas. Além disso, não era raro os casos em que cães machos e fêmeas preferiram lutar entre eles do que acasalar.
Esse fato, somado às mortes durante as lutas e rinhas, levou a raça à extinção. A raça também era difícil de ser reproduzida, pois não tinha como ser um cão de companhia devido ao comportamento agressivo. Mas o Cão Lutador de Córdoba, cruzado com outras raças, deu origem ao Dogo Argentino.
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Cão D’água St. John
É uma raça importantíssima, pois participou da origem de diversas raças populares hoje, entre elas, o Labrador Retriever. O Cão D’água St. John é originário de Newfoundland, uma província francesa no Canadá e seus exemplares foram exportados para diversos países pelo mundo. Os dois últimos exemplares morreram nos anos 1970, infelizmente ambos eram machos, o que impossibilitou a continuação da raça.
3 raças de cachorro que correm o risco de serem extintas
Além dos cães que já foram totalmente extintos, existem algumas raças que conhecemos hoje que também correm o risco de desaparecerem. Algumas delas por motivos peculiares, como por exemplo, servirem de alimento em algumas regiões. Confira:
1. Chow Chow
Infelizmente, em alguns países, como a China e Tailândia, é muito comum que as pessoas se alimentem da carne de cachorro. Logo, o Chow Chow corre risco de extinção por esse motivo. A carne desse cãozinho é apreciada na Manchúria e na Mongólia, entretanto, linhagens da raça são preservadas em alguns mosteiros.
2. Fila Brasileiro
Por incrível que pareça, essa raça é ilegal na Nova Zelândia, no Trinidad e também em Tobago. A raça é proibida, pois é considerada um exterminador da fauna silvestre. Nos últimos 30 anos, a população de Filas caiu para menos da metade nessas regiões.
3. Cão de Crista Dorsal
Original da da Tailândia, o Cão de Crista Dorsal foi considerado como valioso em 2003. Desde então, esforços são feitos para procriar alguns cães da raça. No entanto, a tendência é que ele desapareça em alguns anos.
O que leva uma raça a entrar em extinção?
Como mencionamos anteriormente, são três principais motivos que podem levar um cachorro a entrar em extinção e nós vamos explicá-los abaixo. Acompanhe.
Problemas ligados à saúde
O principal motivo que pode levar uma raça a entrar em extinção são problemas ligados à saúde. Isso ocorre, pois muitos criadores de cães misturam diversas raças para conseguirem criar um novo tipo de raça, logo, nem sempre esse cruzamento entre cães diferentes dá certo. Com isso, o animal acaba tendo tantos problemas de saúde e não vive por longos anos e os criados decidem não reproduzi-los mais.
Dificuldade de manutenção da raça
Algumas raças acabam sendo muito difíceis e caras de manter por diversos motivos, ou pela saúde debilitada, pelos hábitos ou até mesmo pela dificuldade de se tornar um cão de companhia. Isso se deve também, pois, tendo em vista que antigamente alguns cães cruzavam diretamente com os lobos, eles não tinham um comportamento tão dócil como conhecemos hoje. Logo, os criadores não davam continuidade a raça pela dificuldade que tinham em manter e criar as raças.
Ocorre a extinção filética
A extinção filética, também chamada de pseudo extinção, ocorre quando acontecem mudanças gradativas nas espécies ao longo do tempo que as tornam diferentes das originais, sendo consideradas, portanto, uma nova espécie. Isso ocorre com a maioria dos cães extintos, pois ao longo dos anos muitas mudanças e novos cruzamentos foram feitos. Tanto que muitos cães extintos se assemelham com as raças que conhecemos hoje.
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