Mastite canina: saiba o que é, causas, sintomas e tratamento

A mastite canina é uma infecção das glândulas mamárias. Saiba melhor do que se trata para garantir os cuidados necessários com o pet

golden retriever amamentando filhotes

A mastite canina não é tão comum quanto em outras espécies, como acontece com os felinos. Mas todas as cadelas em fase de amamentação estão sujeitas ao quadro. Além disso, se a doença não for controlada e tratada nos cães, a condição pode levar a consequências fatais. Para garantir a saúde das cadelas que estão amamentando, os tutores devem estar atentos aos sinais da doença e opções de tratamento.

Existem diversas formas de detectar e tratar a mastite na cadelas antes que o quadro se agrave, mas é importante que o tutor tenha um conhecimento do que é, como tratar e porque a mastite canina acontece. Logo, para você entender um pouco mais sobre esse quadro, continue lendo nosso post para aprender mais sobre essa patologia. Acompanhe até o final!

O que é a mastite canina?

A mastite canina é uma infecção das glândulas mamárias que acomete as cadelas, principalmente durante ou pós o período de amamentação dos filhotes. Embora seja mais comumente causada por uma infecção bacteriana, a mastite também podem ocorrer devido a infecções por fungos.

As bactérias e fungos mais comuns que causam mastite nos cães são: Escherichia coli, Staphylococcus sp e Streptococcus sp. O quadro pode mudar rapidamente de uma infecção localizada leve, para um abcesso na glândula mamária ou uma doença sistêmica com risco de vida. Por isso, quanto mais cedo o diagnóstico, melhor para não colocar a vida da pet em risco.

A maioria dos especialistas concordam que não existem práticas específicas que previnam a mastite, mas a atenção geral aos detalhes na área do parto irá promover a saúde da cadela e dos filhotes. Além disso, todas as raças de cães, de qualquer idade, podem correr o risco de desenvolver mastite durante a amamentação.

O tamanho da ninhada não afeta as chances de infecção da mãe. No entanto, com ninhadas maiores, os orifícios dos mamilos permanecem abertos por mais tempo, permitindo que as bactérias se movam mais facilmente para as glândulas mamárias e causem a mastite.

Sendo assim, o local onde a cadela amamenta filhotes devem sempre ser mantido limpo e seco, pois essa é uma das melhores formas de prevenção.

Tipos de mastite canina

Mastite séptica aguda

A cadela desenvolve uma infecção ou abcesso dentro de uma glândula mamária e fica muito doente, com febre e letargia. Na mastite séptica aguda, as bactérias entram na glândula mamária e podem ser fatais se não forem tratadas rapidamente.

Galactotise

Também conhecida como mamas aderentes, a galactotise ocorre durante as fases posteriores da gravidez da cadela. O leite pode começar a se acumular e tornar os mamilos doloridos e distendidos. Neste tipo de mastite, as glândulas mamárias não estão infectadas e, portanto, a cadela não está doente. Este tipo de mastite também pode acontecer quando a fêmea possui uma gestação psicológica.

Sintomas da mastite canina

  • Mamas protuberantes;
  • Mamas doloridas ao toque;
  • Os mamilos estão quentes ao toque;
  • Os seios estão machucados ou roxos;
  • Cadela não querendo amamentar filhotes;
  • Bater ou rosnar para os filhotes por conta da dor;
  • Leite com aparência aguada ou sangue no leite;
  • Inquietação;
  • Choro;
  • Desidratação;
  • Perda de peso;
  • Letargia.

Para identificar os sintomas das glândulas mamárias da cadela, elas precisam ser examinadas uma ou duas vezes por dia, em busca de sinais de mudança logo após o parto, pois é muito importante não deixar que o quadro evolua. Para identificar a mastite, o tutor deve avaliar os seguintes pontos:

  • mudanças na textura das mamas (firmeza ou inchaço);
  • temperatura (quente ou fria);
  • cor da pele (vermelhidão ou tonalidade azulada);
  • a sensibilidade (reação da cadela ao toque).

Se o tutor notar a presença de secreção nas mamas, o caráter deve ser avaliadas por um veterinário. Em casos leves ou iniciais de mastite, o primeiro sinal de um problema pode ser que os filhotes em amamentação não estão ganhando peso tão rápido quanto o esperado. Por isso, é importante monitorar de perto cada filhote, incluindo a pesagem diária, principalmente na primeira semana de vida.

Nestes estágios iniciais, os sintomas não são muito claros, mas a cadela começa já a sentir alguns desconfortos. Conforme a mastite progride, as glândulas mamárias afetadas ficam inchadas e inflamadas, além de ficarem vermelhas ou roxas e muito doloridas. Em casos graves, a mãe pet pode também ficar doente apresentando até mesmo febre.

Se você notar qualquer alteração no animal, entre em contato com seu veterinário imediatamente para um exame. O tempo é importante quando se trata da mastite canina. A infecção pode se espalhar rapidamente e fazer seu cão ficar gravemente doente ou até mesmo levar à morte.

Possíveis causas da mastite canina

Durante a gravidez, o corpo de uma cadela começa a sofrer mudanças e começa a produção de leite para que ele possa alimentar seus filhotes. A medida em que começa a amamentação, os seios da cadela vão ficando mais inchados e os filhotes podem sem querer acabar arranhando as mamas da mãe. Isso pode permitir que uma infecção bacteriana comece nos dutos de leite da cadela. E a partir disso, a mastite se desenvolve.

Mas não apenas isso, a mastite também pode ocorrer após o cio, pois depois desse período, as mamas da cadela também ficam inchadas, estando expostas e sujeitas às bactérias. Entretanto, machos e fêmeas podem desenvolver mastite, mesmo quando elas não estão gestantes ou amamentando filhotes.

Se for esse o caso, seu cão precisará ver o veterinário imediatamente. A mastite que ocorre em situações atípicas, pode ser causada por câncer nas glândulas mamárias e precisa de atenção urgente.

Diagnóstico e tratamento

O veterinário fará um diagnóstico e plano de tratamento com base em um exame físico completo e avaliações clínicas, para descobrir o tipo de mastite. Eles irão diferenciar a galactotise (ingurgitamento do leite nas glândulas sem infecção) da mastite bacteriana, com base na gravidade dos sinais físicos e se há também uma doença sistêmica.

Os ultrassons podem ser úteis para o veterinário na determinação da extensão do dano à glândula, bem como no monitoramento da progressão e resolução da doença. Também é possível fazer exames de sangue para determinar se há envolvimento sistêmico.

Já em relação ao tratamento, independente do tipo de mastite, o uso de antibióticos se fará necessário. Não apenas para eliminar as bactérias, mas como também para ajudar na cicatrização das mamas. O veterinário receitará, ainda, remédios para dor e para ajudar a cadela a expelir o leite mais fácil, caso o canal mamário esteja obstruído.

Em casos mais graves de mastite, os quais as mamas se encontram mais danificadas, será necessário o uso de antibióticos tópicos e também o uso de curativos. Durante todo o tratamento, é de extrema importância o uso de um colar protetor elizabetano para evitar que o animal coce ou lamba as mamas. Se a cadela ainda estiver amamentando, os filhotes precisarão fazer o uso do leite materno veterinário durante todo o tratamento da mãe.

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