Câncer de mama em cães: saiba identificar e prevenir

O câncer de mama também pode atingir os cães, por isso, separamos um artigo para que você saiba o que é, como identificar e tratar o pet.

Jack Russell fêmea

Infelizmente o câncer de mama não é um problema exclusivo dos humanos. Muitas cadelas desenvolvem a doença ao longo da vida, principalmente após alguma gestação.

A preocupação por parte dos médicos veterinários em relação a doença é tanta, que existe também o Outubro Rosa para os pets. A data também tem o objetivo de incentivar a prevenção do câncer de mama nas cadelas.

Os dados em relação a doença são alarmantes e o câncer de mama acaba sendo mais comum do que pensamos. De acordo com uma estimativa elaborada pelo Centro Veterinário Seres da Petz, em média,  45% das cadelas e 30% das gatas desenvolvem tumores nas mamas em algum estágio da vida.

Além disso, é muito importante lembrar que o câncer de mama também pode atingir cães e gatos machos, embora a incidência seja pequena comparada aos casos em fêmeas. Por isso, as consultas regulares com o veterinário são essenciais para identificar a presença do tumor em seu estágio inicial. 

Mas não apenas as consultas são ideais, alguns outros cuidados também são muito importantes na prevenção do câncer de mama em cães. Logo, neste artigo nós vamos te dar algumas dicas e mostrar os métodos mais indicados por profissionais para a prevenção. Boa leitura!

O que são os tumores de mama?

O tumor é o aumento de volume percebido em alguma parte do corpo do pet. Ele acontece quando o número de células acaba crescendo muito e de maneira desordenada. No caso do tumor mamário em cadelas e gatas, acontece também a influência hormonal, que tende a complicar mais o quadro do animal.

Mas existe uma boa notícia. O câncer em cadelas se manifesta de maneira benigna na maioria das vezes, não prejudicando a qualidade de vida do animal.

Porém, isso não quer dizer que o pet não deva fazer um tratamento para combater a doença. Os tratamentos em sua grande maioria são bem sucedidos e as cadelas se recuperam bem. 

No entanto, para haver sucesso no tratamento, o diagnóstico precisa ser precoce e realizado ainda no início da doença. De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), apenas 17% dos diagnósticos são feitos de maneira tardia. Com isso, o número de óbitos em decorrência da doença é baixo.

Como prevenir o câncer de mama em cães?

Mesmo com o índice alto de sucesso nos tratamento contra o câncer de mama em cães, o ideal é apostar na prevenção e cuidado do pet. De acordo com os especialistas, a melhor maneira de prevenir a doença em cadelas é por meio da castração.

O método é apontado como a conduta mais eficaz de prevenção. Além disso, ele evita várias outras doenças hormonais e também problemas no comportamento ao longo da vida do pet. 

Sem a produção dos hormônios, não há estímulo para o surgimento de tumores ou para o crescimento deles em machos e também em fêmeas. Com a castração, a cadela para de produzir uma grande parte dos hormônios, logo, fica livre do câncer de mama.

A recomendação feita por médicos veterinários é castrar a fêmea logo após o primeiro cio para garantir maior proteção. Ou seja, logo após os seis ou oito meses de vida. 

O surgimento da doença está ligado a questões hormonais e, em função disso, infelizmente, pets fêmeas de quaisquer raças estão sujeitas a desenvolver tumores.

Por isso, além de menor risco ao câncer de mama, as fêmeas castradas garantem mais proteção do aparelho reprodutor contra o câncer de útero e piometra, que é uma grave infecção uterina.

Nos machos, a castração inibe ainda o tumor nos testículos, que pode ser ainda mais grave que o câncer de mama. 

Além da castração, existem algumas outras formas de prevenção como os exames de toque e os check ups periódicos feitos por um médico veterinário. Essas consultas ajudam não apenas com o câncer de mama mas também com várias outras doenças.

Como verificar se o meu pet está com câncer de mama?

Agora que você já sabe de todas essas informações e desconfie que o seu cãozinho ou cadela está com o câncer de mama, existem alguns sinais que você pode notar facilmente.

Os principais sintomas da doença são os caroços na região abdominal e nas mamas, inchaço ou dilatação das mamas e a presença de secreções com odor nas mamas.

Caso a fêmea não esteja prenha e apresente muito inchaço nas mamas é um sinal claro da doença. Leve o pet imediatamente ao veterinário. Além disso, é importante lembrar que a decorrência nos machos é bem menor e mais fácil de ser identificada. Então se ele apresentar algum desses sinais pode ser o câncer de mama. Fique atento!

Sinais comuns em cães com câncer de mama

  • Caroços na região das glândulas mamárias.
  • Inchaço ou dilatação nas mamas.
  • Dor ou incômodo frequente.
  • Presença de secreções nas mamas com odor desagradável.

Você também pode olhar e verificar em casa antes de ir ao veterinário. Para fazer isso, basta apalpar a região abdominal e verificar se existe algum inchaço ou lesão aparente, como um exame de toque. Mas lembre-se: apenas um profissional poderá fazer o diagnóstico correto. 

Ao identificar o tumor no bichinho, os veterinários fazem a análise dele e também a biópsia. Na maioria dos casos, é feita a retirada do tumor para realizar exames histopatológicos. A simples palpação do nódulo não é suficiente para um diagnóstico correto. A biópsia vai indicar se o tumor é benigno ou maligno. Aí sim pode ser definido o tratamento correto. Dependendo do caso, o pet pode ser encaminhado para sessões de quimioterapia.

Como é feita a quimioterapia?

Os tratamentos quimioterápicos para os animais vêm evoluindo bastante e grande parte dos animais apresentam uma boa reação do tratamento devido a redução dos riscos de metástase.

Quando ocorre metástase, as chances de cura diminuem expressivamente, por isso o tratamento deve ser feito nos estágios iniciais do câncer de mama.

No entanto, o tratamento quimioterápico só não é indicado quando o animal sofre com outras doenças graves concomitantes. O tratamento é administrado em consultórios ou ambulatórios e os bichinhos são observados em casa pelos tutores. A internação do animal para o tratamento quimioterápico só se faz necessária quando o pet apresenta reações adversas muito intensas.

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