Parvovirose Canina

A parvovirose canina é uma doença viral e a gravidade da doença pode levar o animal a óbito em poucos dias. Conheça mais sobre essa doença como suas formas de transmissão, sintomas, tratamento, prevenção e mais. Saiba mais aqui!

O que é a parvovirose canina?

A parvovirose canina é uma doença viral e a gravidade da doença pode levar o animal a óbito em poucos dias, sendo inclusive passível de contaminação para outros cães por via direta – contato do cão sadio com outro contaminado e por via indireta – ambiente e utensílios compartilhados.

Os animais jovens têm maior suscetibilidade para desenvolver a patogenia. Até a década de 1970 a parvovirose canina era totalmente desconhecida e só foi percebida após a morte constante de filhotes com idades entre a 3º e 16º semana após o nascimento.

Algumas raças em particular como os cães Pinscher, Doberman e Rottweiler tem maior predisposição as infecções causadas pelo parvovírus canino.

Cão sendo vacinado contra a parvovirose canina
Cão sendo vacinado contra a parvovirose canina.

Índice – você encontrará as seguintes informações nesse artigo:

  1. O que é parvovirose canina?
  2. Transmissão da parvovirose
  3. Sintomas
  4. Tratamento da parvovirose em cães
  5. Como prevenir?
  6. A parvovirose em humanos

Transmissão da parvovirose

O parvovírus canino é infectocontagioso, toda idade está suscetível, porém os filhotes tem maior predisposição. Todo cão contaminado deve ser separado dos demais, caso viva em conjunto com outros cães. Assim como, deve-se evitar a inserção de cães saudáveis em ambiente onde houve contaminação, por pelo menos 5 meses. A transmissão ocorre por via respiratória, secreção oculonasal e principalmente fecal. A interação entre os animais é o suficiente para que aconteça a propagação do vírus.

Camas, comedouros, brinquedos e até mesmo a roupa de quem manipula os animais com parvovirose ficam contaminados. No momento em que o animal apresenta os sintomas, deixa resíduos de saliva e por todo o local, ao beber água, tentar comer e deitar. As fezes são altamente contaminadas, considerando que o vírus tem predileção pelo intestino.

É de suma importância que tudo o que for de uso do animal possivelmente contaminado seja descartado ou limpo com água sanitária. Como alternativa secundária, pode-se esquentar esses materiais contamidos a altas temperaturas (inclusive luz solar) para certificar a eliminação do vírus.

Sintomas da parvovirose canina

Entre 5 e 12 dias posteriores a infecção, percebe-se apatia, depressão e febre. O animal perde interesse em manter as atividades rotineiras como brincar e comer. A anorexia é identificada rapidamente e o animal perde peso em poucos dias.

Ocorre diarreia constante com presença de gotas de sangue e fedor muito forte, em virtude do parvovírus canino atuar sobre as células do intestino que são estáveis e com isto desenvolve enterite – inflamação na mucosa intestinal.

Inicialmente percebe-se a defecação pastosa que evolui para fezes escuras (hemorragias intestinais são refletidas na coloração das fezes) podendo ser em grandes quantidades ou não. O odor forte é bem característico da parvovirose. Vômitos com aspecto amarelado e intensos estão presentes, o surgimento é imediato e sem motivo aparente.

Bactérias oportunistas podem agravar o quadro do animal e levar a septicemia e consequente morte. Porém, o principal motivo desencadeador de óbito é a desidratação causada pelos vômitos e diarreia.

Para diagnosticar a doença é indicado o atendimento clínico médico com o objetivo de realizar hemogramas ou testes específicos para a parvovirose canina. Apesar dos sintomas serem específicos, outras doenças podem causar os mesmos sintomas da parvovirose, causando confusão sobre o tratamento.

Tratamento da parvovirose em cães

O parvovírus pode permanecer por até cinco meses no ambiente em que foi submetido algum cão contaminado. Sua inativação só ocorre quando submetida a altas temperaturas – 56 °C por no mínimo 1 hora. É indicada a limpeza com água sanitária do local onde o animal infectado foi isolado.

Para tratamento clínico, foca-se em combater a inflamação e infecção intestinal, com uso de antibiótico em tempo determinado por médicos veterinários.

A diarreia e vômitos causam desidratação e para recuperar o animal é feita fluidoterapia venosa para os casos mais graves e via subcutânea para os leves. É importante ter total atenção quanto à dosagem de soro para evitar o surgimento de líquido nos pulmões. O conhecimento do histórico do animal determina o tipo de solução a ser utilizada como meio de reposição eletrolítica. Doenças como diabetes e baixos níveis de proteína sanguínea requerem soluções e mililitros específicos.

Os vômitos precisam ser controlados, a administração de antiemético é realizada até que sejam cessados por completo, suspendendo seu uso logo em seguida. A inserção da alimentação é gradual, evoluindo aos poucos a consistência do alimento de líquido para sólido.

O monitoramento e repouso do animal são cruciais, observando ganho de peso, ingestão de água, alterações das fezes e urina.

Métodos de prevenção

A vacinação é sempre a via mais eficaz para prevenir a parvovirose canina. A cadela imunizada transfere anticorpos aos fetos via transplacentária. Após 45 dias do nascimento os filhotes precisam receber a primeira dose da vacina polivalente, além da parvovirose, garante imunização contra outras doenças virais.

O cronograma vacinal ocorre em três etapas, com intervalo de 21 dias. Antecedendo a este período, não há imunização contra o vírus, é preciso concluir todas as doses correspondentes. A repetição é anual, cães adultos ficam imunes por até três anos.

As vacinas polivalentes ou antivirais podem ser encontradas como nacional ou importada. Ambas são desenvolvidas com cepas virais a fim de desenvolver produção de anticorpos horas após a aplicação por via subcutânea.

É importante evitar o contato do cão contaminado com outros cachorros até que sejam concluídas as vacinas. Os animais não vacinados, devem ser mantidos longe de ambientes públicos para evitar a contaminação de outros cães.

O ambiente de convivência deve ser limpo e arejado, para garantir a remoção do acúmulo de micro-organismos prejudiciais ao cão.

Garantir alimentação saudável, de qualidade e com os nutrientes necessários para constituir a imunidade do cachorro é de suma importância para garantir a proteção e bem estar animal.

Parvovirose em humanos

A virulência do parvovírus não é zoonoses, ou seja, não é transmissível aos seres humanos, apenas entre cães que tem o seu trato intestinal comprometido devido à destruição celular causada pelo vírus, levando aos sintomas bem peculiares.

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